Inimigos naturais das abelhas
Como se prevenir dos ataques destas pragas que podem acabar com um enxame.
Forídeos e Formigas são as principais ameaças.
Forídeos – Inimigos naturais das abelhas
Inimigos naturais das abelhas – Sem dúvida alguma, os parasitas mais perigosos para as abelhas sem ferrão são os forídeos, pequenas moscas do gênero Pseudohypocera. Eles são os responsáveis pelas maiores dores de cabeça de um meliponicultor.
Ao invadirem as colmeias , as fêmeas destes insetos depositam seus ovos, de onde nascem larvas que se alimentam do mel e, principalmente, do pólen acumulado pelas abelhas.
Os forídeos prejudicam os estoques de alimento da colmeia e, ainda pior, as células de cria nas quais o pólen é estocado para a alimentação das larvas em desenvolvimento.
Estas mosquinhas são capazes de colocar muitos ovos em uma colmeia parasitada. Como os ovos “amadurecem” muito rápido, as larvas infestam a colmeia, e as consequências para as abelhas são desastrosas.
É no período chuvoso que os forídeos se reproduzem e atacam com mais intensidade. Portanto, é nas regiões e épocas mais úmidas que o meliponicultor deve investir mais atenção no combate às moscas.
A melhor forma de evitar problemas com forídeos é a prevenção.
Colmeias fortes e organizadas não são presas fáceis para o ataque dos parasitas. Ou seja, a prevenção começa com o bom manejo das caixas.
Populações fortes mantêm as frestas das caixas vedadas e realizam com mais eficiência o trabalho de defesa na entrada e no túnel de ingresso, impedindo a invasão e a infestação.
O pólen é o grande recurso buscado pelos parasitas dentro da colmeia. Portanto, o trabalho do meliponicultor no dia-a-dia (durante transferências, divisões, avaliações e coleta) deve buscar causar o mínimo dano possível aos potes de pólen.
O mesmo vale para as células de cria verde, onde a presença de pólen é maior, já que as larvas ainda não o consumiram. A rotina de visitas do meliponicultor ao meliponário também é importante para o combate aos forídeos.
As vistorias periódicas realizadas nas colmeias possibilitam ações imediatas a episódios de invasão, minimizando a probabilidade de infestação avançada.
Armadilha de vinagre é o melhor remédio para combater forídeos
O vinagre tem um cheiro ácido, semelhante ao gerado pelo pólen exposto e/ou mel derramado, grande atrativo para as mosquinhas entrarem nas colmeias. Atraídos por esse cheiro, acabam caindo no líquido, onde morrem.
A confecção das armadilhas é muito simples. Basta fazer alguns furinhos na tampa de recipientes que caibam em lugares acessíveis das colmeias, preenchê-los até a metade com vinagre e um pingo de detergente e introduzi-los em colmeias atacadas.
Em cada inspeção, o vinagre deve ser trocado, até que não apresente mais forídeos capturados.
É importante que os furos sejam grandes o suficiente para a entrada dos forídeos, mas pequenos o suficiente para não permitir a entrada das abelhas, que também são atraídas pelo vinagre.
Indica-se o uso de furos com 2/3 milímetros de diâmetro. Aconselha-se que as armadilhas sejam colocadas nas melgueiras, assim podem ser monitoradas durante as alimentações.
Formigas – Inimigos naturais das abelhas
Formigas são atraídas para a colmeia pelo cheiro de alimento. Mais uma vez, manusear as caixas de forma cuidadosa e evitar a exposição dos potes de pólen e mel são as melhores formas de evitar os ataques.
Quando ocorrem, os ataques geram muita briga entre formigas e abelhas.
Por mais que na maior parte das vezes os meliponíneos sejam capazes de se defender, o prejuízo na população de abelhas pode ser catastrófico.
Uma boa estratégia para evitar a preocupação é impregnar os suportes das caixas com óleo queimado, alternativa viável principalmente em meliponários de suportes individuais.
A substância, facilmente adquirida em postos de troca de óleo, repele as formigas, impedindo que subam para as caixas.
É importante destacar que o produtor focado na produção de mel orgânico não pode utilizar essa alternativa, uma vez que o óleo queimado não é permitido pelos órgãos de certificação.
fonte: Manual Tecnológico Mel de Abelhas sem Ferrão
28 respostas em “Inimígos Naturais das Abelhas”
Parabéns pelo trabalho de vcs,preservar nossas abelhas com informações valiosas e de fácil práticas para cuidar das abelhas nunca desanimei.
Obrigado……..
Obrigado Alex,
Abraço!
Isso mesmo Alex!
Obrigado aos responsáveis pelo site.
Abraço
Belas informações, principalmente para iniciantes.
Posso criar jataí no meu patio? Tenho laranjeiras, bergamoteiras, limeiras sempre com flores…. E quanto custa uma colmeia?
Olá Clovis, claro que pode. Uma colmeia de Jataí pode variar de 100 a 200 reais, tudo depende de como esta o desenvolvimento desta colmeia.
Muito bom o conteúdo deste site. Obrigado, Rafael!
De nada Ivan! Abraço!
Parabéns pelas informações, Rafael. Estou em busca de informações sobre uma espécie de abelhas sem ferrão que na década de 1960 tinha em uma árvore na propriedade do meu avô. Acontece que, agora, na serraria do meu irmão apareceu uma tora com um ninho dessas abelhas que eu quero preservar, mas, gostaria de, além de identifica-las, saber sobre seus hábitos… Elas são pretinhas, muito parecidas como as que se enrolam no cabelo, a “bundinha” mais pontuda, constroem a entrada como se fosse um emaranhado de chifres de veado e invadem colmeias de outras espécies ,”saqueiam” o mel. O mel que produzem é meio azedo e em meio aos potes de própolis. Se puder me ajudar e fornecer algumas informações, deste já agradeço. Lotario Wessling Venâncio Aires RS.
Olá Lotario, esta espécie é conhecida como abelha limão. É uma abelha muito polemica, muitas pessoas não gostam dela por saquearem e muitas vezes eliminarem completamente outra colônia. Até o momento existem poucos estudos sobre esta abelha e ela não é criada em caixas racionais.
e pelo que li, o mel da abelha limão não é bom consumir. li que é tóxico.
Boa tarde! Estou indo ao contrario, quero fazer uma pergunta.O que fazer pra eliminar as formigas no seu próprio ninho, antes que venham prejudicar o apiário, sem problema pra mel e seus componentes?
Olá Espedito, o correto é apenas evitar que as abelhas acessem as caixas. Existe um produto bom que se chama Formifuu.
Muito bom conteúdo.
Aprendo e desenvolvo melhor pra minhas futuras Jataí.
Obrigado!
De nada amigo!
É possível criar abelhas na caixa num local em que haja poucas árvores com flores?
Olá Débora, geralmente elas se viram muito bem em áreas urbanas. Se você vê abelhas por ai, é um indício de que elas ocupam esta área sem problemas..
Nao vi nenhuma referencia à caixas de abelha langstroth. Por que nao publicou ainda??
Olá Alberto. Esta me faltando tempo, mas assim que possível vou publicar.
Revisão na cx de Jataí de. Quanto em quanto tempo devo verificar muito obrigado
Olá Walter. Se você observar movimentação normal na entrada, não precisa abrir a caixa. Se você quiser, pode abrir 1 vez por mês para monitorar o estoque de alimento. Com o tempo você vai saber quando é necessário abrir a caixa para verificar.
Qual horário é melhor para abrir a caixa das Jataís? Durante o dia ou de noite? Normalmente abrimos de noite, uma vez cada dois meses mais ou menos.
Olá Marco. Sempre de dia e no horário que a temperatura esteja adequada. Cada vez que você abre a caixa, há variação de temperatura na colônia, você tem que minimizar isso. Abrindo a noite a variação é maior que durante o dia.
E contra o ataque de cupins o que fazer? Já está instalado na caixa de Uruçu.
Olá Dorival. Até o momento não conheço nada que possa resolver este problema. Recomendo que troque de caixa quando a mesma estiver muito degradada.
Gostei muito das explicações , estou começando a criar jataí. Obrigado pelas dicas
Olá, crio ASF (Melipona fasciculata) em caixa INPA. Percebo a presença de formigas bem pequenas andando no lado externo da colméia e as vezes dentro, tem uma solução pra que elas possam serem eliminadas de vez e que não prejudique a colmeia? Levando em consideração que terei dificuldade da manutenção pelo tamanho muito pequeno das formigas.
Olá Felipe. Você pode fazer uns pés para a caixa utilizando parafuso. Assim você pode por uma tampa de garrafa com água em cada pé da caixa. Essa técnica funciona muito bem.